quinta-feira, 30 de abril de 2015

História do Álcool


Você sabia que...


A bebida alcoólica surgiu ao acaso durante o período Neolítico na pré-história? [1,2]

Alexandre, o Grande, caiu inconsciente depois de beber muito em seu ultimo banquete e veio a morrer dias depois de doença relacionada ao abuso de álcool? [3]

A regulamentação do comércio de vinho passou a existir de forma mais consistente a partir da Idade Média? [4]

As mulheres russas proletárias no inicio do século XX colocavam bebida destilada nas chupetas de seus filhos? [5]

Na Inglaterra do século XVIII o gim era conhecido como a bebida de preferência das mulheres? [6]

Apesar do abuso de álcool ter sido sempre criticado durante a história humana, o conceito de dependência alcoólica só foi surgir no final do século XVIII e início do século XIX? [7]


Quando tudo começou... 


Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas. [1,2]

A Embriaguez de Noé


Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21)  Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar. Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Caim o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.

O álcool através da história 


Grécia e Roma 


O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e produção do vinho. Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e da cevada, mas o vinho era a bebida mais difundida nos dois impérios tendo importância social, religiosa e medicamentosa. [1,8]

No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.) menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos: Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos. [1]

Egito Antigo


Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo. [1,2]

Idade Média 


A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição. [4]

Idade Moderna


Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa. [4]

Idade Contemporânea


O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem. [7] Ainda no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas. [9]

Durante o século 20, países como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana. [11] 
Proibição da Bebida Alcoólica

Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença. [7,10]

No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde. [12,13] No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses. Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracterizada pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool. [14]

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Citando as Fontes:


Referência(s):
1. Viala-Artigues, J. & Mechetti,C. (2003). Histoire de l´alcool archéologie partie 1.

2. McGovern, Patrick E. The Origins and Ancient History of Wine. (http://www.museum.upenn.edu/new/exhibits/online_exhibits/wine/wineintro.html).

3. Liappas,J.A., Lascaratos, J., Fafouti, S., Christodoulou, G.N., (2003). Alexander the Great´s relationship with alcohol. Addiction. 98. 561-567.

4. Viala-Artigues, J. & Mechetti,C. (2003). Histoire de l´alcool archéologie partie 2.

5. Phillips, L. (1999). In defense of their families: Working-Class Women, Alcohol, and Politics in Revolutionary Russia. Journal of Women´s History. Vol. 11. 97-120.

6. Warner,J. & Ivis, F. (2000). Centre for Addiction and Mental Health, Toronto. Eighteen-Century Life. 24. 85-105

7. Jerome, H.J. (1993). The concept of dependence: Historical Reflections. Alcohol Health and Research World. 17. 188-190.

8. Purcell, N. (2003). Diet, Community, And History At Rome. American Journal of Philology. 124. 329-358
(http://www.press.jhu.edu/journals/american_journal_of_philology/)

9. Viala-Artigues, J. & Mechetti,C. (2003). Histoire de l´alcool les temps modernes partie 1

10. Viala-Artigues, J. & Mechetti,C. (2003). Histoire de l´alcool les temps modernes partie 2

11. History of Alcohol. Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau. US Department of Treasure

12.Lexicon of alcohol and drug terms – Organização Mundial de Saúde (OMS), 1994.

13.The natural history of alcoholism - George E. Vaillant. Harvard University Press, 1983.

14. Diagnostic Criteria for Alcohol Abuse and Dependence – National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) - Alcohol Alert, No 30, 1995 (http://pubs.niaaa.nih.gov/publications/aa30.htm)

Fonte: CISA

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Tipos de Copos e Taças


O COPO CERTO PARA AQUELE MOMENTO EXATO


Quem nunca se deparou com essa situação, um jantar com amigos, um encontro romântico, um jantar em família ou mesmo em um restaurante chique...Assim como existem talheres para todas as situações, não poderia ser diferente com os copos (às vezes, chamado de taça para os copos com haste)... Apesar da questão parecer inofensiva e tão simples, nem todos tem certeza em suas escolhas dentre tantos formatos que assustam qualquer pessoa.

Com a crescente tendência do "apreciar a vida", constantemente, as pessoas tem tido interesse por vinhos, queijos, comida... gastronomia em geral... Começa a criar uma pequena adega, só esperando aquele momento certo para degustá-los... E ai quando vai abrir a primeira... PaNNN!! Qual copo e/ou taça vou usar? E vem logo a resposta desesperadora... NÃO SEI! L

Então, você vai no supermercado e vai tentar comprar um... Aí também vem a surpresa... nem eles sabem!! Hehehe Todos acham que os copos arredondados são copos de vinho e ponto, mas não é bem assim... rs

Com isso, você tentar pesquisar ou arriscar comprado um "bonitinho"... Se tem algo que deveria importar nesse caso com certeza não deveria ser a aparência. Já que os copos tem seus propósitos e existem desde as mais baixinhas e bojudas para as mais altas e esguias, cada uma tendo uma função diferente. Portanto, não é simplesmente uma questão de escolher a mais bonita e/ou estilosa, mas a mais apropriada. Porém, como são variadas as taças encontradas a venda, algumas bem exóticas e outras nem tanto, mas existem algumas que são comumente utilizadas.

Um copo e/ou taça tem no mínimo as seguintes partes:



Primeiramente, vamos as perguntas que importam na hora de escolher o copo:
1) Qual o melhor formato dos copos? Isso tem importância?
R: Sim, o formato tem um influência na sensação do contato dos lábios com o copo, e isso parece acentuar o sabor das bebidas, além de controlar a temperatura e o fulgor em determinados casos.

2) Longo ou curto? Com ou sem haste? Bojo pequeno ou grande?
R: Felizmente, nada é por acaso. Quanto maior a haste e/ou a espessura da base, maior será o controle de temperatura.

3) Básico ou enfeitado ?
R: Tanto faz, a estética não possui influencia direta e comprovada no acentuamento do sabor e/ou manter características das bebidas. Porém, temos que concordar que "O visual é tudo" resumi o que a apresentação causa, seja na hora de servir água ou aquele champanhe de $1.000.000... rsrs

Até parece que nunca ninguém tomou café, suco, água ou até mesmo bebidas mais finas, como vinho e champanhe, em um copo recém terminado de "requeijão" e/ou "molho de tomate", mas como está sendo descrito... Copo não é tudo igual! Cada um serve para um tipo específico de bebida, para que ela possa ser apreciada de forma adequada. E com certeza saber servir em copo correto não é meramente uma frescura. :P

Afinal, existe muita diferença em tomar um champanhe em um copo de requeijão e numa taça flûte de crista, né?

Bom, depois dessas minhas observações e divagações, vamos aos principais tipos de copos e suas respectivas utilidades. (Rsrs) Para facilitar eu dividi em 2 (duas) categorias: Com e Sem Haste.

SEM HASTE


Copos de whisky

São copos usados não só para servir whisky mas outras bebidas com gelo. Usualmente são copos baixos, redondos ou quadrados


Copos Long Drink ou Collins ou HighTall

São copos altos (Collins ou tall) alto e estreito, deve ser o escolhido para servir bebidas com gelo, bem como aquelas que combinam duas bebidas diferentes (ex: gin tônico ou vodca) e também  para servir refrigerantes, bebidas com licor e sumos exóticos. O fato de o copo ser alto serve para manter o gás do refrigerante durante mais tempo na bebida. Existe também uma variante dos copos long drink que são ainda mais altos estreitos sendo usualmente gelados antes de ser colocada a bebida lá dentro.


Copos de vodka ou steinhäger

É um copo semelhante ao copo do shot porém um pouco mais alongado. É tradicionalmente usado para servir bebidas destiladas geladas, mas sem gelo; também pode ser usado para tequila pura e outras bebidas.


Canecas para irish coffee

São ótimas não só para o irish cofee mas também para bebidas alcoólicas quentes como cacau com brandy.


Copo de shot (Shot Drink)

Com o copinho fino, com base grossa, evita que o calor das mãos esquente a bebida. Este copo serve bebidas sem gelo e geralmente puras como a Aquavit, próprio para bebidas puras, sem gelo, é como se fosse uma dose tem capacidade entre 40 a 60 ml. Serve também para fazer medições das bebidas para elaborar os coquetéis. O seu similar brasileiro é o copo de pinga e engana-se quem pensa que o shot drink é próprio para a tequila, o destilado de agave tem seu copo próprio chamado “Cabalito”.


Thumbler

Pode vir em diversos tamanhos, sua borda larga permite drinques volumosos com gelo e decoração.


Copo Old Fashioned

Este é clássico para servir whisky e destilados com gelo. Geralmente baixo, arredondado e pesado, ótimo para o preparo de coquetéis ou whisky com gelo. Pode ser usado para drinks como caipirinhas e vários outros coktails, é um copo médio varia de 180 ml. a 250 ml.


Cerveja e chope

Copo de tamanho alongado, conhecido como tulipa. Esse formato favorece a formação de espuma e ajuda a manter a temperatura.




COM HASTE



Copos de champanhe/espumante tipo Flûte Estreito

Os copos de champanhe/espumante existem numa diversidade de estilos e tamanhos, esta é uma das taças que todo mundo sabe só de olhar e muito presente nos filmes, mas o estilo alto e fino da taça de champagne/espumante não é só por elegância. Sua principal função é preservar o perlage (as bolhas) e efervescência dos espumantes. A borda fina controla a quantidade que chega à boca e direciona perfeitamente os aromas para o nariz. A haste costuma ser longa para evitar o contato das mãos com o bojo (nossa mão é quente por natureza e facilmente esquentaria o vinho, comprometendo seus cheiros e sabores). Os copos de champanhe altos (flûte) são ideais para servir não só champanhe e/ou espumantes, pois preservam o gás do mesmo, mas também para servir cocktails de champanhe dentre outros gaseificados.


Copos de champanhe/espumante tipo Flûte Aberto

Com características semelhantes ao do tipo Flûte Estreito, os copos de champanhe do tipo Flûte Aberto são ideais para servir não só champanhe e/ou espumantes, mas também para servir cocktails de champanhe dentre outros gaseificados. O seu formato faz com que a bebida flua rapidamente dando uma sensação de suavidade à bebida.


Copos de cocktail ou martíni

São copos muito elegantes, específicos para servir martínis ou cocktails com ou sem gelo. O fato de ter um pé alto serve para que se possa pegar no copo por esse mesmo pé evitando que a bebida aqueça. Este copo existe em diversos tamanhos: o mais pequeno serve para servir a bebida mais vezes mantendo-a mais fresca, o maior serve para servir uma maior quantidade de bebida requerendo mais gelo. É o campeão no preparo de drinks, concorrendo somente com o Old-fashioned.


Copos de Brandy ou Conhaque

Como o próprio nome já diz, é a taça ideal para conhaque, também usada para alguns tipos de licores e derivados de vinho (como o vermute). Seu bojo é grande, ajudando a "girar" e aerar a bebida. Por outro lado, a Boca é estreita, o que faz com que os aromas licorosos se intensifiquem e é útil para manter o álcool e o aroma dentro do copo, enquanto se vai apreciando a bebida. São copos de balão que também podem ser utilizados para beber whisky sem gelo ou aguardente velha.


Copos tulipa, parfait ou cerveja

É um copo curvado e com um formato largamente arredondado. Com o corpo "bojudo", é ideal para bebidas cremosas, à base de creme de leite e leite condensado e por este motivo é o eleito para servir bebidas que contenham fruta e/ou gelados. Também é utilizado para servir cerveja: os copos de cerveja em tulipa são os mais tradicionais e os mais versáteis para os diversos tipos de cerveja.


Copos de porto ou vinho de sobremesa

É conhecida por este nome graças a um dos fortificados que mais se popularizou pelo mundo: o vinho do Porto. É mais fina porque essas variedades são consumidas em quantidades menores. A borda pequena segue o mesmo princípio do copo Brandy e serve para intensificar os aromas mais doces. Além disso, o fato de ir afinando a partir da base ajuda a controlar o fluxo da bebida, que segue diretamente para a ponta da língua, na parte que melhor percebe o doce. São usados para beber um pouco de porto ou de licor com a sobremesa. São copos de pequena estatura e podem ser utilizados para pequenos cocktails criativos como vodka com sal.


Copos de vinho tinto

Estes copos são aconselhados para servir vinho tinto (que são servidos idealmente entre 15ºC e 20ºC ) mais encorpado e rico em taninos como o Cabernet Sauvignon. A parte de baixo do copo redonda e a parte de cima alongada permitem ao vinho arejar e suavizar. Este copo permite que os taninos e ácidos se dissipem enquanto os taninos suaves e o aroma frutado do vinho permaneçam., Além disso, a haste longa serve para evitar o calor da mão e a boca mais estreita que o bojo ajuda a prender o aroma. Em geral, devem ser de borda finas transparente e sem lapidações para permitir análise visual do vinho.


Vinho branco

A taça é menor do que a de vinho tinto porque a bebida deve ser servida aos poucos, para não esquentar, o vinho branco são bebidos em temperaturas mais baixas, entre 6ºC e 10ºC, por isso a haste mais longa (que evita o contato com a mão) e o bojo bem menor (que diminui as trocas de calor e para conservar o aroma mais delicado do que o do vinho tinto). A boca estreita favorece a doçura e os sabores frutados, maiores trunfos dos vinhos brancos. É usada para servir, também, vinho rosé pelos mesmos motivos.


Copo de vinho Burgundy ou Pinot Noir

São copos para os vinhos mais leves e suaves. Estes vinhos, como o Pinot Noir, necessitam de desenvolver o seu aroma, que se dissipa muito rapidamente. Por isso o copo é mais estreito no fundo e depois termina a curvar para dentro, permitindo ao aroma das uvas mais jovens ficar dentro do copo e não desaparecer rapidamente.


Copos Montrachet

São os copos adequados para um vinho branco mais encorpado como um Chardonnay. Estes copos mais abertos permitem que o ar entre e suavize a acidez dando ênfase ao aroma frutado.


Margarita ou Coupette

Com haste fina e boca larga é indicada para servir o coquetel típico mexicano. Na hora de servir esse drinque, costuma-se molhar a borda da taça com suco de limão e depois encostá-la em um prato com sal.


Sherry

É a taça ideal para os vinhos espanhóis jerez (também conhecidos como xeres ou sherry), os fortificados mais antigos do mundo. Seja doce ou seco, a tradição desde os tempos antigos é bebê-lo em taças pequenas de lados quase retos (não é preciso girar o jerez, basta deixa-lo seguir seu caminho até a boca uniformemente).


Borgonha

Com o bojo maior, geralmente redondo, tem o formato que muitos chamam de “balão”. Os vinhos da Borgonha costumam ser muito complexos, por isso precisam de oxigênio para liberar seus aromas. A borda bem aberta e a base larga aumentam a superfície de vinho que entra em contato com o ar. Além dos Pinot Noirs da região, a taça recebe bem os espanholíssimos tintos de Rioja e os mais clássicos italianos – Barbera, Amarone, Nebbiolo.


Bordeaux

É a maior e mais famosa taça de todas (um pouco mais magra que a Borgonha apenas). Muitos utilizam como curinga para vinhos tintos, pois eles se beneficiam de seu bojo largo e alto, que facilita a “giradinha” e a oxigenação de que as notas mais complexas dos tintos tanto precisam. A aba superior pode ser mais ou menos aberta – quanto menor for, mais se sentem os sabores frutados. É a melhor taça para beber as uvas que vêm de Bordeaux: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec, entre outras.


Copo ISO

É o copo de degustação (a sigla em inglês se refere à Organização Internacional de Padrões). É um copo curinga, funciona para todos os tipos de vinho. Bojo médio, aba média e haste média. Deixa a desejar apenas nos vinhos mais complexos – pode ser mais difícil notar suas notas.


Um belo exemplo de copos e taças:


O Copo Certo para Cada Cerveja - Foto cedida por Fernando Leme.

Fonte: Max Gastronomy


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Mulheres bebem mais que os homens


'Mulheres estão bebendo mais que os homens’, conta bartender premiado

15/10/2014 - 13:03

Leo Peralta, consultor de várias casas cariocas, representou o Rio no concurso de
coquetelaria de uma vodca francesa / Foto: divulgação

O bartender Leo Peralta venceu a etapa carioca do Grey Goose Vive La Révolution – maior campeonato aberto de coquetelaria do país, com mais de 350 participantes – que aconteceu no Paris Bar, segunda-feira (13/10/2014). Com o drinque Jardin d’Été, ele representou o Rio na final em São Paulo, dia 3 de novembro de 2014, ao lado de Renato de Castro Tavares, do Caesar Park, que ganhou o segundo lugar no mesmo campeonato do Paris Bar.

Leo, que é consultor de várias casas cariocas, criou um coquetel  com o vermute Noilly Prat, a vodca promotora do evento e mais um shrub, um xarope de vinagre de maçã e açúcar, feito de maracujá e alecrim, já num espírito bem verão. Para Peralta, uma nova “safra” de bartenders brasileiros está vindo por aí. “Estou vendo muita gente aplicada nos estudos, principalmente no Nordeste. Acredito que, dentro de alguns anos, a nossa coquetelaria vai entrar no cenário mundial”, profetiza.

Quanto ao paladar do público, também está em evolução, com larga vantagem para as mulheres. “Elas estão bebendo mais que os homens, são mais curiosas e se permitem experimentar mais”, conta Leo.

O vencedor do concurso recebeu um prêmio de R$ 6 mil e uma viagem à França. (Não tenho o resultado do premiado).

Fonte: Lu Lacerda


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Volta ao mundo em 80 bebidas


Este é um infográfico interessante. 


Apresenta as bebidas mais populares do mundo e os países que as produzem. Quantas você já experimentou?



Fonte: Obvious Mag


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Santo Arnaldo - Padroeiro dos Cervejeiros




Quem foi Santo Arnaldo e qual o motivo de ser considerado o santo padroeiro da cerveja e dos cervejeiros? Existem várias versões relativamente à sua vida e aos seus feitos, sendo que uma delas é defendida pelo “beerhunter” Michael Jackson e a outra pela Saint Arnold Brewing Co., de Houston. Aliás, esta empresa tem uma forte inclinação religiosa, algo constatável não apenas pelo seu nome mas também por atribuir nomes de santos às suas cervejas.

Segundo a Saint Arnold Brewing, a história do santo é a seguinte: Santo Arnaldo terá nascido por volta do ano de 580 no seio de uma proeminente família austríaca, que na altura habitava o Castelo de Lay-Saint-Christophe, localizado na antiga diocese de Toul, a norte de Nancy. Já na idade adulta viria a casar-se com Doda, união da qual resultaram inúmeros filhos, um dos quais também ficaria na história: Ansegisel. Este, por sua vez, viria a casar com Beggam filha de Pepin de Landen, o que faz com que Santo Arnaldo seja um dos ancestrais da dinastia carolíngia e, consequentemente, de Carlos Magno.

Santo Arnaldo foi aclamado bispo de Metz em 612 e, durante a sua vida religiosa, alguns dos seus sermões centravam-se na temática de que seria perigoso beber água. Assim, aconselhava os camponeses a, sempre que possível, preferirem a cerveja para matar a sede, algo que não é totalmente ilógico dadas as baixas condições de higiene da época, fato que tornava a água, na maior parte dos casos, imprópria para consumo humano. Como a cerveja passa por um processo de fervura e fermentação, muitos dos microrganismos perigosos acabavam por ser eliminados. Aliás, é atribuída a Santo Arnaldo a seguinte frase: “Do suor do Homem e do amor de Deus veio a cerveja ao mundo”. No final da sua vida, Santo Arnaldo retirou-se para um mosteiro perto de Remiremont, França, onde viria a falecer a 16 de Agosto de 640.

Em 641, os cidadãos de Metz requereram que o corpo do santo fosse exumado e transportado para a cidade, de forma a ser enterrado na Igreja dos Santos Apóstolos. Durante essa trasladação, ocorreu um milagre junto da cidade de Champignuelles. As pessoas que transportavam o santo e restantes peregrinos tinham parado junto a uma taberna para descansar e recuperar forças. Infelizmente, a taberna tinha ficado sem stock, estando apenas disponível uma única caneca de cerveja. O milagre terá acontecido aí, já que nunca essa caneca ficou vazia, independentemente da quantidade de cerveja que cada um bebesse, e assim todos puderam saciar a sua sede.

Já o cervejólogo Michael Jackson relata no seu livro “Great Beers of Belgium”: Santo Arnaldo foi um monge beneditino que viveu no século XI e que terá nascido em Tiegem, zona ocidental da Flandres. Pregou na abadia de St. Médard, próximo de Soissons (pequena povoação junto a Reims) e chegaria mesmo ao cargo de bispo, tornando-se responsável máximo na abadia de Oudenburg, localizada entre Ostend e Bruges. Numa altura em que a região era assolada por uma terrível peste, Santo Arnaldo terá submergido o seu crucifixo num barril de cerveja e proclamado que seria mais seguro beber cerveja do que água. Tal fato pôs um fim rápido à praga, sendo que os pressupostos são os mesmos da história anterior: considerando que a cerveja é fervida e posteriormente fermentada, tornava-se mais segura para beber do que grande parte da água disponível na Idade Média, que estava muitas vezes contaminada. Outra história relata ainda o milagre produzido por Santo Arnaldo, que conseguiu produzir cerveja numa abadia que tinha acabado de ser destruída.

Como se pode ver, existem algumas divergências entre a história da companhia cervejeira e a do grande Michael Jackson. Mas isso não é surpreendente. De fato, a dúvida sobre quem é o santo padroeiro dos cervejeiros mantém-se. Uns chamam-lhe Santo Arnaldo enquanto outros Santo Arnoldo. Para uns ele é Arnulf de Metz (582-640), enquanto que para outros é Arnold de Soissons (1040-1087). Enfim, as histórias cruzam-se e facilmente entramos no campo da lenda e do imaginário popular. Uma coisa é certa: Santo Arnaldo é o padroeiro dos cervejeiros!

Atualmente, Santo Arnaldo é homenageado um pouco por todo o mundo e, em especial, na Bélgica. Em Bruxelas, os cervejeiros locais mandam rezar uma missa em honra do santo, comemoração que faz parte do Dia da Cerveja. A seguir à missa realiza-se uma procissão cujo ponto alto é a sua passagem pela Grand Place. É uma procissão muito animada, que junta centenas de pessoas, algumas delas a cavalo, outras com diversos utensílios relacionados com a produção de cerveja, bandas de música, etc. Muito divertimento, muita cor e… muita cerveja!

Fonte: Cervejas do Mundo


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Hidromel


Afinal de contas, o que é o Hidromel?


O Hidromel é popularmente chamado de “vinho de mel”, aliás, erroneamente chamado. O termo “vinho” é corretamente designado aos produtos de fermentação da uva, mas devido a fatores históricos e climáticos, mais precisamente da região norte da Europa, o termo “vinho de mel” foi empregado como uma forma de rivalizar a bebida com o vinho tradicional da uva, uma vez que o plantio da fruta não encontrava condições climáticas propícias naquela região. Seu modo de produção varia conforme a receita ou em algumas regiões, mas o básico mesmo consiste em uma parte de mel pra duas de água.

O fantástico método de produção do Hidromel

Conforme dito anteriormente, o Hidromel é obtido pela transformação dos açúcares do mel em álcool. O mel deve ser colhido “maduro” (extraídos de favos completamente operculados), com um teor de umidade por volta de 20%. essa umidade ainda não é suficiente para se iniciar uma fermentação, mas um ligeiro aumento de 2% é suficiente para se iniciar o processo. É justamente aí que o método de fabricação da bebida se torna interessantíssimo. A técnica visa facilitar a ação de organismos microscópicos conhecidos como Saccharomyces cerevisiae, organismos estes que estimulam a multiplicação dos fermentos presentes no ar, no pólen e no próprio mel, o que acelera a transformação do açúcar do mel em álcool.

Mas ainda não acabou. para se alcançar a fermentação adequada e o teor de álcool desejado (cerca de 12%), a inversão da proporção mel/água é obrigatória, ou seja, 80% de água e 20% de mel. Além disso, a adição de sumos de frutas e sais minerais também se mostra necessária, visto o baixo valor proteico do mel. O processo todo leva cerca de 80 dias para se concluir e com um pouquinho mais de paciência ela pode ficar ainda melhor. Isso porque se deixarmos a bebida envelhecer condignamente em barris de carvalho, por exemplo, o resultado é extraordinário (segundo fabricantes, o tempo certo de envelhecimento nesses barris gira em torno de 1 a 3 anos).


Um pouco de História

A história do Hidromel é rica, e é bem provável que sua fabricação e consumo se date antes mesmo do vinho, e certamente antes da cerveja. Diz-se que a primeira menção histórica da bebida ocorreu em um dos hinos da rigvédica, o documento mais antigo da cultura hindu (1700-1100 a.C). Aristóteles e Plínio também foram “pop-stars” da história que já mencionaram o Hidromel.

Os gregos (sempre os gregos) também se embriagaram muito com a bebida, e a chamavam de “melikraton”. Já os Romanos a chamavam de “agua mulsum” (não, nada a ver com o nosso saudoso “cacildis”… apesar desse ter gostado muito de um mé).

Celtas, Saxões e até os Maias eram grandes apreciadores da bebida, mas há de se destacar os Vikings como os grandes beberrões do Hidromel, sendo classificada como “a bebida dos Deuses” pela mitologia nórdica (Odin qui butô pra nóis bebê).


A origem do termo "lua de mel"

O termo que define a (única) parte boa do casamento tem associação com o Hidromel. Reza a lenda que os casais recém-casados deviam ingerir a bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas, porque assim o filho nasceria macho. nascia então a “lua de mel”.

O hidromel e a cultura pop

Por ser definida como uma bebida consumida pelos deuses nórdicos, ficou fácil incluir o Hidromel em obras literárias e no cinema. diversos autores como J.R.R Tolkien (autor de O senhor dos anéis e O hobbit),  J.K Rowling (autora de Harry Potter) e C.S. Lewis (autor de As crônicas de Nárnia) fizeram menções sobre a bebida em suas famosas obras, inclusive as três aqui citadas ganharam versões cinematográficas. E por falar em cinema quem já assistiu A lenda de Beowulf sabe o que eu tô falando. Todos os guerreiros ficavam alucinados em porres Homéricos de hidromel.

Sua história é encantadora e até certo ponto romântica, o que permitiu encaixá-la em diversos contos, lendas e obras literárias. Nas obras de J.R.R.Tolkien, George R. R. Martin, Keveny Sousa, J. K. Rowling, C. S. Lewis, Bernard Cornwell, Patrick Rothfuss, Christopher Paolini, entre outros, são feitas menções a esta bebida.O Beowulf também recomenda, assim como o Harry Potter. Caso ainda não esteja convencido, lembre que ela é conhecida como a bebida dos Deuses da mitologia nórdica, e contrariar os Deuses não me parece uma atitude muito inteligente. (rsss...)

É uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água, sendo utilizados, em geral na sua produção, uma proporção de uma parte de mel por duas de água, mas pode variar conforme a receita ou a região de produção. Consumida desde a antiguidade, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja.

Além de ser consumida em Roma e na Grécia Antiga, outras culturas antigas consumidoras desta bebida foram os celtas, os saxões e os vikings. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias.

Na Mitologia Nórdica, o hidromel aparecia como a bebida favorita dos deuses.

 Sua origem não é precisa e os arqueólogos a separam entre Oriente e Ocidente, com registros em diversas culturas e povos como gregos, romanos, nórdicos, indianos, africanos e chineses, que consumiam fermentados de mel e arroz. A bebida foi pulverizada no Mundo e até os Maias a consumiram na Guatemala e no México.

Mas se noutros tempos o mel foi um artigo de luxo - e consequentemente seus derivados não eram acessíveis para boa parte da população - o hidromel da atualidade pode se tornar uma bebida bastante difundida, sobretudo no Brasil. Segundo a Embrapa, nosso país "apresenta características especiais de flora e clima que, aliado a presença da abelha africanizada, lhe conferem um potencial fabuloso para a atividade apícola".

Apesar de não ser das bebidas mais fáceis de encontrarmos para comprar, com uma rápida busca pela internet podemos localizar um bom número de produtores no Brasil como os das marcas Milenar, YGGDRASILL, Yulnaishtar, Valkiria e Alma Rústica.

Hoje em dia utiliza-se leveduras específicas, assim como na fabricação de cervejas. O teor alcoólico varia em geral de 8% à 18%, mas esse percentual pode chegar a 30%. Seu sabor apresenta variações segundo o tipo de mel, a técnica empregada ou mesmo pela adição de especiarias. Semelhante ao vinho, podemos encontrar classificações diversas de hidromel: seco, suave, semi-seco, licoroso, espumante... e tal qual o vinho, seu preço também poderá variar bastante.

Curiosidade

Existia a tradição de que os casais recém-casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho homem. Daí surgiu a tradição atual da lua de mel.


Receita de Hidromel


Existem diversas receitas de hidromel, mas esta é uma receita retirada de um livro de receitas de 1842, escrito à mão, e traduzida no ‘Livro Mágico da Lua’, de D.J. Conway. Como pode-se ver pelos ingredientes, trata-se de uma receita grande para sabbats em grupo e demora para ficar pronto.

Ingredientes:


- 2 kg de mel novo
- 50 ml de água
- 1 punhado de alecrim
- 1 punhado de tomilho
- 1 punhado de louro
- 1 punhado de roseira brava
- 2 ou 3 punhados de malte moído
- tostadas com levedura
- 45 g de cravos
- 45 g de noz-moscada
- 45 g de macis


Procedimento:

Ferva o mel novo na água. Coe bem. Acrescente os punhados de alecrim, tomilho, louro e roseira brava. Ferva a mistura por uma hora, pondo-a em seguida num tonel com o malte moído. Mexa até estar tépido e coe num pano passado para outro tonel.

Espalhe um pouco de tostadas com levedura e despeje o líquido. Quando o hidromel estiver coberto de levedura, despeje em uma pipa. Amarre os cravos, os macis e a noz-moscada num saco e pendure na pipa. Feche a pipa por seis meses e engarrafe. Certifique-se de que todos os recipientes foram esterilizados antes do uso. (Receita tirada do jornale.com.br/wicca)

Os preços dos nacionais que encontrei variam de R$25 até R$50 a garrafa de 750 ml.
Onde comprar (em muitos casos não há uma loja virtual e a encomenda deverá ser feita por e-mail):

Hidromel Milenar (hidromelmilenar.blogspot.com.br)
IGGDRASILL (www.hidromelyggdrasill.com)
Yulnaishtar (yulna.com.br)
Alma Rústica (almarustica.com)
Hidromel Valkiria (www.costibebidas.com.br)



Outros métodos de preparar o Hidromel


1) Método clássico

água - 3 lt
mel - 1 kg
canela e flor de noz-moscada, ambas em pó, e casca seca de laranja amarga, de cada - 3 gr

Leva-se tudo ao lume numa panela de ferro esmaltado e mexe-se com colher de pau até principiar a fazer espuma.Passa-se para um barril e mantém-se mal tapado, em lugar abrigado - e de preferência morno - para fermentar em sossego.

Terminado o período de fermentação, trasfega-se para garrafas, que se guardam bem rolhadas. Estará nas condições ideais de consumo passados dois anos.

2) Método rápido

Água - 3 lt
Mel - 900 gr
Água de rosas - 100 ml
Corante vermelho em pó - 1/8 de colher de café

Dilui-se o mel na água, filtra-se por papel-filtro e incorpora-se a água de rosas com o corante diluído.
Deve ficar com um bonito tom rosado.

Fonte: Bruxa revolucionaria


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